O Exército decidiu punir
administrativamente 38 militares com prisão disciplinar que
varia de um a 20 dias, a depender da patente e do grau de envolvimento.
As sanções começaram a ser aplicadas no começo de
novembro, cerca de um mês após a descoberta do furto das armas.
Já na investigação criminal, a Justiça Militar
autorizou “em caráter excepcional” a prorrogação do prazo do Inquérito Policial
Militar (IPM) aberto para apurar e apontar as
responsabilidades criminais sobre o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de
Guerra na cidade de Barueri, na Grande São Paulo.
A expectativa era que a investigação fosse
concluída ainda em dezembro, mas o prazo foi estendido até dia 17 de janeiro
pela quantidade de provas que ainda não foram analisadas – com possibilidade de
nova prorrogação.
Segundo apurou a GloboNews, o Exército alegou que o
caso “demanda a produção de muitos elementos e do retorno de informações e
pesquisas”.
Em outubro, o Exército confirmou que 21
metralhadoras foram furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São
Paulo. Duas delas ainda estão desaparecidas. Pelo menos seis militares são investigados por
participarem diretamente do desvio do quartel, entre eles soldado, cabo,
sargento e tenente.
A expectativa dos investigadores do Exército é a de
que o inquérito militar seja concluído futuramente com o indiciamento dos
suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio, com possibilidade de
pedido de prisão. Outros dois civis também são investigados e poderão ser
indiciados por receptação.
O Inquérito policial militar (IPM) é um
procedimento administrativo que apura suspeita de crimes militares, assim como
as autorias, para julgamento da Justiça Militar. O IPM serve como base para uma
possível ação penal militar, que será acompanhado pelo Ministério Público para
que proceda com o oferecimento da denúncia ou do arquivamento.